quarta-feira, 30 de julho de 2008

"cor"..."coeur..."

"cor"..."coeur..."
reflexões arbritárias sobre o amor....

Posted by Francisco Magalhães

Sobre as indagações do Paulo

A realidade é tão real quanto um sonho, ou melhor, ela é, assim como um sonho, uma construção, só que no nível da consciência. Dessa forma a realidade poderá ser percebida de acordo com as faculdades cognitivas de cada um. Todos os sentidos, a cultura, o ambiente são fatores que modificam essa percepção. Como será a realidade para aqueles que rompem os níveis de consciência ou buscam outros níveis da “realidade” ? Como será a realidade das coisas visíveis para aqueles que desenvolvem mecanismos específicos para a percepção do mundo no escuro ou sob outras ordens dos sentidos (cegos, mudos, surdos e etc)?

Voltando um pouco àquele assunto da cor: os esquimós percebem as variações de brancos de maneira muito mais rica que uma pessoa dos trópicos uma vez que a paisagem branca é um campo para sobrevivência então, esses valores tonais ganham uma variação maior de maneira que o ambiente possa ser decodificado para se sobreviver nele. Os índios ou habitantes de uma selva percebem as variações tonais dos verdes de maneira mais ampla que um habitante urbano, afinal será observando a grande massa verde da mata e as variações dos variados tons de verdes é que ele poderá perceber os lugares no qual encontrará alimento, água e etc. Então, podemos supor que a percepção da realidade se apresenta como um campo para a sobrevivência e cada individuo desenvolverá através dos fatores já apontados (sentidos, cultura, ambiente),suas habilidades de perceber essa realidade de maneira específica.

Sobre o amor....AH!!!! O amor!

AMOR: o amor esta em si e em nós mesmos. Amar seria a capacidade de dividi-lo com alguém, portanto, também, um fator que poderá ser apreendido dentro das diversas realidades vividas (biológicos, família, ambiente, cultura).
A soma desses fatores torna a coisa um pouco mais complicada, pois, se aprendemos no âmbito familiar determinados padrões afetivos, esse aprendizado não necessariamente será coincidente com àqueles do individuo para o qual direcionaremos o nosso amor, então, aí, parece acontecer o momento mais difícil para, talvez, construirmos aquele momento mais importante para a experiência do amor: a doação e a entrega incondicional. O ideal romântico é algo construído pela cultura – sedimentado pela cultura ocidental. Entre relações humanas o fato afetivo será determinado pela nossa capacidade de troca: podemos começar pelo ideal: amo por que eu amo Diga em voz alta “Eu sou o amor”. Isso parece à perfeição mas nossos pesos nos levam a ficar um pouco mais “complexo”: eu amo por que ele me ama, eu amo por que ele me dá beleza e eu lhe dou sexo, eu amo por que ele me dá sexo e eu lhe dou dinheiro, eu amo por que ele me dá amor e eu lhe dou segurança, eu amo por que ele me dá dinheiro e eu lhe dou companhia, eu amo por que ele me dá segurança e eu lhe dou sexo, eu amo por que ele me dá sexo e eu lhe dou juventude e beleza, eu amo por que ele me dá sexo e dinheiro e eu lhe dou posição social, eu amo por que ele me dá segurança e eu lhe dou juventude e beleza, eu amo por que ele me dá beleza e eu lhe dou beleza, eu amo por que ele me dá sexo e eu lhe dou sexo...

Mais importante disso tudo é saber o que esta sendo trocado nas relações "de amor". parece que a maioria dos contratos afetivos (e os seus enganos) essas relações são pouco claras. Todo mundo já viu ou ouviu aquela história: "Eu lhe dei tudo e veja o que ele fez comigo”. Nesses casos parece que alguém estava mal informado sobre o que estava sendo trocado, dado, doado e estava longe de uma experiência dada por uma relação de amor, pois quando supomos que nos doamos por amor tudo poderíamos doar, poderíamos ainda nos perguntar: será que foi o suficiente ou, será que era isso que ele queria de mim...e por aí vai.

Nada disso deve ser considerado como uma realidade do amor. São apenas minhas parvas observações que nascem das minhas percepções bastante limítrofes nos casos do amor.

Abraço outra vez

Francisco

rita

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ensaio

paulo

paulo
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ESTRÉIA

5 de agosto, às 20h, no Teatro Alterosa
Únicas apresentações: 12,19 e 26 de agosto, todas Terças-feiras do mês, sempre às 20 horas.
Info: 3237-6611

ensaio

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